Bebês Reborn
26/05/2025     Texto    Fábio Costa Fadel

Bebês Reborn

Bebês Reborn: Mais do que Bonecos?

Entre o lúdico, o terapêutico, o patológico.

Quando li a reportagem “Bonecos em análise – aspectos psicológicos e sociais por trás do debate dos bebês reborn", publicada no jornal O Globo em 25/05/2025, pensei em que representaria, de fato, um bebê reborn para quem o procura.

Não se trata de julgar entre certo ou errado, mas de um esforço por compreender o fenômeno psíquico.

Mais que um mero boneco de criança para adultos, ou um passatempo inútil, poderia funcionar como um suporte simbólico, a sustentar afetos conflitantes, elaborar perdas, expressar desejos reprimidos?

Vale lembrar o pensamento de Donald Winnicott, psicanalista que dedicou-se a compreender a infância e elaborou o conceito de “objeto transicional”: aquilo que ajuda a sustentar o afeto, a segurança e a criatividade, funcionando como um mediador simbólico entre o mundo interno e o externo.

Poderia, então, o bebê reborn ter algum valor terapêutico em casos de Alzheimer, luto gestacional ou outras desconexões cognitivas e afetivas?

Lembro-me de Tom Hanks e seu Wilson, no filme O Náufrago.

Mais recentemente,  o filme“A Avaliação” (2024 ) disponível na plataforma Prime Vídeo, em que um cientista cria animais virtuais para substituir espécies extintas — e, eventualmente, um bebê digital. Vale a pena conferir a cena na segunda metade do filme até o final e observar as personalidades distintas do casal.

Quanto a livros, veio à mente "Homo Ludens", de Johan Huizinga, onde ele propõe que o ser humano não é apenas o homo sapiens, mas o “homem que brinca”; brincar seria parte essencial da nossa cultura e saúde mental, não restrito à infância.

Acredito que o lúdico não desaparece; mas..., para onde ele se transforma? Quais as diferenças das brincadeiras saudáveis na vida adulta e seus limites para o infantilismo, o disfuncional, o patológico? Deixo aberto para seus comentários abaixo.

Voltando ao artigo jornalístico, os homens manteriam seu lado lúdico através do futebol e de videogames, enquanto as mulheres tenderiam a perder esse espaço. Eu gostaria de saber a sua opinião, porque não me parece razoável, nem crível, que as mulheres não tenham preservado formas lúdicas.

E você, mantém sua parte lúdica na vida adulta fazendo o quê? Em quais momentos? De que sente falta? Com quem você brinca?

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A reportagem foi escrita por Walter Farias (estagiário), sob supervisão de Constança Tatsch, publicada em 25/05/2025. Deixo registrado aqui meu respeito à fonte. E, se porventura algum dos autores ou envolvidos sentir-se desrespeitado em sua autoria, pode entrar em contato comigo para que eu faça o devido ajuste.

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